domingo, 30 de janeiro de 2011

Egito, a História acontecendo

Estamos acompanhando nos últimos dias as manifestações pedindo a democracia no Egito, que acontecem com violência e mortes dentro do país, e são encorajadas ao redor do mundo pelas comunidades árabes e de defesa dos direitos humanos.

O país é comandado a 30 anos por uma ditadura que tem a frente o tal Hosni Mubarak, (esse cara da foto, por sinal desprovido de beleza física) de quem muito está se ouvindo falar ultimamente. Aliado dos Estados Unidos, Mubarak, digamos, não está passando por uma boa fase pessoal. Até a grande potência do mundo está pressionando ele, para que promova uma transição democrática no país.

O que se percebe nos protestos e nos detalhes contados pelos repórteres que fazem a cobertura dos acontecimentos, é que existe uma espécie de confraternização dos ativistas com o exército, colocado às ruas para fazer valer o toque de recolher imposto pelo governo. Seria um descontentamento generalizado com a ditadura?


Analisando o seguinte: se Mubarak tem o poder sobre as Forças Armadas, consideradas muito poderosas, mas que não estão reagindo com repressão violenta (o que não seria uma boa ideia), precisou nomear um Vice-Presidente, cargo que até poucos dias nem existia, demitiu TODOS os seus ministros, é porque o cara está num mato sem cachorro. Agora, tenta achar desesperadamente uma saída que agrade o povo e o mantenha no comando.

Acredito que o que está acontencendo no Egito, não importa o desfecho, terá importância histórica, assim como disse o repórter da Globo, Ari Peixoto. O presidente-ditador Mubarak, se continuar a frente do governo, vai ter que tomar decisões com mais cuidado para que novas e decisivas revoltas não atropelem de vez a sua ganância de poder. Essa é a perspectiva pessimista de desfecho. Na otimista, a qual estou na torcida para que aconteça, o Egito enfim se tornará um país democrático, entrando completamente no Século 21.

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