Não sou muito fã de poesia, mas conheço uma que de certo modo fez parte da minha adolescência. "Trem de Ferro", de Manuel Bandeira, foi apresentada por mim e pelo meu grupo duas vezes na escola, no primeiro e no segundo ano do Ensino Médio, num concurso de poesias. E nas duas vezes em que nos apresentamos, vencemos o concurso.
A explicação pra tamanho sucesso, eu acredito, deve ser porque a poesia é animada, pra cima, permite uma "coreografia" em que os integrantes abusem do espaço e das rimas (que imitam o movimento de um trem) para a apresentação. Se os jurados fossem mais rigorosos, aí talvez avaliassem mais as características técnicas de declamação, e a gente perdia o concurso, ou não, não lembro agora se nossos concorrentes eram melhores.
No ano seguinte, depois de duas vitórias com o Trem de Ferro, decidimos mudar de poesia pra evitar ganhar de novo com ela, visto que isso já estava gerando uma revolta violenta nos outros grupos. Não sei se por decisão de Dona Silvana, professora que coordenava o concurso, o Trem não foi apresentado por ninguém mais. Eu e meus friends Flavia, Ana Paula e Cleyton, adaptamos a música "Terezinha", do Chico Buarque, em forma de poesia. Ficamos em segundo lugar.
Mas essa trégua do Trem foi passageira. Fiquei sabendo que no ano passado a poesia esteve de volta, e pra graça da alma de Manuel Bandeira, venceu de novo. Piuíííí!
(Obs.: No mesmo ano em que apresentamos "Terezinha", também fizemos o Trem, só que dessa vez sem concorrer. Bem lembrado Flavia!)
(Obs.: No mesmo ano em que apresentamos "Terezinha", também fizemos o Trem, só que dessa vez sem concorrer. Bem lembrado Flavia!)
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJhW86rQVNUGZJ2DT_Lyex_HoKTAp1yx36tB4gPFiojilU1zFMc_G6HHjjJI7Cw2d_3LVpgOo7_PYBiMHjdftBZK_CFqSS_1zoVB1I0F77K1BroTCVTVTG9silvWiN1sfX9BTFRi6jz8w/s1600/Trem%255B1%255D.JPG)
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
Que vontade
De cantar!
Oô...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF49e_RcqiK8t5U8X6LxRQi3hsMEd4jhx0wfC1kXiRIOblGmK0eH6ilN5t4s7yzku13_lvF74ww5ikJLdqrmWUCXNycvKkiCYGomAKAm5maqddzLZgjk-NGhXllA-sKdZEMs7F2gozhN0/s320/Trem%252Bde%252Bferro.jpg)
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora voou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Manuel Bandeira
3 comentários:
ain que saudade do Trem de Ferro... muito massa mesmo...
ei só pra te lembrar que o Cleyton também fez parte da adaptação da música Terezinha... hehehe
ôôôô!!! tempo bom... saudade de td isso...
Já corrigi a desmemoriança!
Eita esqueçendo de eu né....
mas tudo bem o importante é que fizemos ganhamos e estamos aqui falando sobre isto....
hheehehe bom tempo mesmo..
MINHA PARTE:
QUANDO ME PRENDERAM NO CANAVIÁ CADA PÉ DE CANA ERA UM OFICIÁ..
OÔO
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