terça-feira, 22 de março de 2011

O Brasil me constrange: visita de Obama


Charge: Amarildo (amarildo.com.br)

No último final de semana, aconteceu um espetáculo sofrível pro nosso país tropical. A visita do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi tratada como um evento de outro mundo superior ao nosso, algo histórico. Deu impressão de que o visitante era Deus em pessoa, e não um presidente de uma nação parceira.

Longe de mim ser anti-americano, e por esse motivo repudiar a visita de Obama, ou perder meu tempo sagrado com um protesto pelo fechamento da prisão de Guantánamo ou pelo fim dos ataques à Líbia. Mas eu não consigo entender o Brasil. Não só o governo, mas a imprensa em geral, que defende que nós brasileiros nos relacionemos de igual para igual com os americanos.

O que se viu, longe de igualdade, foi a mesma submissão de sempre. O aparato de segurança que envolveu Obama pode até ser necessário, e é na verdade, mas foi exagerado e constrangedor pro Brasil. Só faltaram revistar a Dilma pra ver se ela não tinha nenhuma arma pronta pra atacar The President.

Nos discursos de Obama, muitos elogios e afagos ao Brasil, coisas que já se ouviu muitas vezes antes, mas que aparentemente só agora, por terem saído da boca dele, é que foram percebidas. Aumento da classe média, democracia consolidada, economia em crescimento... Teve gente que descobriu que a Olimpíada de 2016 vai ser no Rio porque Obama disse que viria pra ver os jogos. Eu não duvido!

E no meio de tanto blá blá blá, nada do que interessa ao Brasil. A eliminação dos vistos para facilitar o turismo entre os dois países? Nada. Brasil no Conselho de Segurança da ONU? Deixa pra outra hora. Os EUA querem é vender mais pro Brasil e recuperar o espaço perdido para a China.

Engraçado era ver o sorriso forçado dos repórteres fazendo a cobertura da visita pela TV. Senti vergonha alheia, sinceramente. E o alarde pelo "discurso ao povo brasileiro", com direito a chamada no Domingão do Faustão, que acabou não acontecendo na Cinelândia pelo receio da falta de público. Trágico.

O Brasil potência econômica mundial mega ultra power já pode ser uma realidade. Temos condições de crescer ainda mais, com desenvolvimento sustentável e gestão pública eficiente. Falta a gente se dar conta disso, e ter mais amor próprio. Igual diziam por aí: Yes, we can!

domingo, 20 de março de 2011

Rodeio pra comemorar 19 anos de São João

Prato cheio pra quem gosta: dias 25, 26 e 27/03, acontece aqui na metrópole São João do Itaperiú o primeiro Rodeio Country da city, em comemoração aos 19 aninhos dessa jovem cidade (do dia 29 de março até 10 de julho teremos a mesma idade, mas isso não vem ao caso).

O Rodeio vai ser no Centro de Eventos, e conta com a seguinte programação:

Sexta (25/03)
20:30 - Abertura da Festa
21:00 - Início do Rodeio Country
23:00 - Baile com Portal Gaúcho


Sábado (26/03)
09:00 - Ação Social (post abaixo)
12:00 - Almoço e sertanejo universitário com Alisson e Fernando
14:00 - Etapa Catarinense de Marathon
20:30 - Início do Rodeio Country
23:00 - Baile com Banda Bom de Mais


Domingo (27/03)
11:00 - Chegada do Passeio Ciclístico
12:00 - Almoço e sertanejo universitário com Sandro e Alessandro
14:00 - Tourada, mesa da amargura e futboi
17:00 - Início do Rodeio Country
19:00 - Soirée com Grupo Minuano


Promoção:
Prefeitura Municipal
CTG Estância da Liberdade
Cia de Rodeios Borghezan
Cia de Rodeios Chico Souza

Utilidade pública: Ação social em SJI

Dia 26 deste mês, sábado que vem, acontece a Ação Social em São João do Itaperiú. Realizado pela prefeitura, o evento pretende oferecer serviços gratuitos para a população, como emissão de documentos e exames médicos. Vai ser no Centro de Eventos Euclides Raul Monteiro, das 9h às 16h, e acontece como parte das comemorações do aniversário de 19 anos de São João.

Mais detalhes do que vai ter:

  • Emissão de carteira de identidade (necessários 2 fotos 3X4; cópia de certidão de nascimento ou casamento; CPF se tiver; RG - caso seja segunda via);
  • Exames médicos de pressão, glicemia, colesterol e exame de vista;
  • Avaliação física;
  • Quick Massagem;
  • Emissão da Carteira de Trabalho (necessários 1 foto 3X4; RG e CPF - obrigatório);
  • Parquinho para crianças (tobogã, cama elástica e piscina de bolinhas);
  • Avaliação dentária;
  • Orientações sobre saúde bucal;
  • Assessoria Jurídica;
  • Corte de Cabelo.
Que São Pedro colabore e não faça chover nesse dia!

Dica de leitura: Sussurro - série Hush Hush

Peguei esse livro pra ler numa sexta-feira à noite e terminei no domingo. Não foi por falta do que fazer não, a verdade é que o livro é bom mesmo, prende o leitor do início ao fim, num ritmo de leitura frenético. Ponto pra autora Becca Fitzpatrick (nome complicado) que conseguiu fazer da sua estreia literária um best-seller. Claro que a história inevitavelmente remete a comparações com Crepúsculo, outra saga com mocinho misterioso e amor proibído. Mas o mocinho da vez, Patch Cipriano, é bem diferente de Edward Cullen. Patch é mais sombrio, e suas intenções com Nora, a mocinha, de início não são as melhores. Também não consigo imaginar a Bella Swan aprontando (e se arriscando) tal qual Nora Grey. Vale a pena ler Sussurro.

Sinopse:

Nora é uma menina responsável. Aos 17 anos, ela tira boas notas e sempre avisa à mãe aonde vai e o que está fazendo. Nem mesmo garotos a fazem perder o foco nos estudos. Até porque, apesar das tentativas de sua melhor amiga, Vee, de lhe arrumar um pretendente, ela nunca se interessou por ninguém na escola. Pelo menos não até ela conhecer Patch, seu novo colega na aula de biologia. Patch parece estar em todos os lugares e saber tudo sobre ela. Seu jeito ao mesmo tempo sedutor e perigoso faz com que Nora fique imediatamente intrigada. E encantada.

É então que eventos estranhos começam a acontecer. Um homem usando uma máscara de esqui salta diante de seu carro, seu quarto é invadido e aparentemente alguém está tentando matá-la. Nora não sabe em quem confiar. Quando Vee conhece dois novos rapazes e tenta arranjar um encontro, as coisas só pioram. Nora está assustada a maior parte do tempo. Patch é o da máscara de esqui? Ou será Elliot, o novo garoto com quem Vee quer que ela saia?

Em sua busca por respostas, Nora está prestes a se descobrir no centro de uma batalha ancestral entre seres imortais e anjos caídos. Sim, os anjos estão entre nós. E nem todos estão interessados em atividades celestiais.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Morri, fui pro céu. E agora?

Quem nunca quis saber como é o céu? Afinal, geralmente quando uma pessoa segue uma religião, ou independente de seguir uma religião, acredita em Deus, é porque também acredita no céu. E que quando morrer, se tiver feito tudo conforme Nosso Senhor quis, ganha o presente eterno. Deeesta maneira, surge uma certa curiosidade pra saber qual é este presente eterno que Deus está nos reservando. Será aquele onde passeamos por entre as núvens, rodeados de anjos tocando harpa? Sei não...

O que me aparece como ideia mais sensata, é aquela historinha que contam pros islâmicos homens-bomba, pra que estes cumpram seu "belo" papel. Exploda-se, e lá no céu você vai encontrar um harém repleto de virgens te esperando. Ora, nada mais certo do que o céu, sendo uma retribuição do nosso comportamento em vida, tenha tudo o que nos possa fazer feliz, deixar-nos realizados e satisfeitos. De certa maneira, tudo aquilo que evitamos em vida, os prazeres e tentações, teríamos a disposição no descanso eterno.

Pense num lugar aonde você possa falar tudo aquilo que quiser na cara de fulano(a) que não te agrada, mas nunca pôde. Aonde possa reunir todos os seus próximos mais queridos, familiares, amigos... Aonde você tenha dinheiro de sobra pra viajar pelo mundo, comprar tudo o que quiser, ou simplesmente tenha uma estante repleta de livros para ler e vivenciar as histórias ao mesmo tempo. Cada um tem a sua maneira de ser feliz.

Mas eu também tenho uma ideia de felicidade, que pra mim torna tudo ainda mais confuso. Acredito que a felicidade tem que ser vista numa visão de economista: é sempre escassa, estamos sempre lidando com novas necessidades, nunca estamos completamente felizes, ou então, precisamos cultivar todos os dias os bons sentimentos. Dessa forma, o céu, o Eterno, nosso presente final de Deus, vai ser de enjoar um dia? Vamos conseguir reinventar nossos prazeres, de forma que o tédio nunca tome conta do paraíso?

Só vamos saber de tudo isso um dia, mas é claro, se Nosso Senhor não nos mandar mais pra baixo... Parodiando uma certa música: "o jeito é, dar uma morridinha pra saber..." (ficou tosco, mas valeu a intenção)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Virge Maria, que foi isto maquinista?

Não sou muito fã de poesia, mas conheço uma que de certo modo fez parte da minha adolescência. "Trem de Ferro", de Manuel Bandeira, foi apresentada por mim e pelo meu grupo duas vezes na escola, no primeiro e no segundo ano do Ensino Médio, num concurso de poesias. E nas duas vezes em que nos apresentamos, vencemos o concurso.

A explicação pra tamanho sucesso, eu acredito, deve ser porque a poesia é animada, pra cima, permite uma "coreografia" em que os integrantes abusem do espaço e das rimas (que imitam o movimento de um trem) para a apresentação. Se os jurados fossem mais rigorosos, aí talvez avaliassem mais as características técnicas de declamação, e a gente perdia o concurso, ou não, não lembro agora se nossos concorrentes eram melhores.

No ano seguinte, depois de duas vitórias com o Trem de Ferro, decidimos mudar de poesia pra evitar ganhar de novo com ela, visto que isso já estava gerando uma revolta violenta nos outros grupos. Não sei se por decisão de Dona Silvana, professora que coordenava o concurso, o Trem não foi apresentado por ninguém mais. Eu e meus friends Flavia, Ana Paula e Cleyton, adaptamos a música "Terezinha", do Chico Buarque, em forma de poesia. Ficamos em segundo lugar.

Mas essa trégua do Trem foi passageira. Fiquei sabendo que no ano passado a poesia esteve de volta, e pra graça da alma de Manuel Bandeira, venceu de novo. Piuíííí!

(Obs.: No mesmo ano em que apresentamos "Terezinha", também fizemos o Trem, só que dessa vez sem concorrer. Bem lembrado Flavia!)

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...

Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora voou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda

Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Manuel Bandeira

quarta-feira, 2 de março de 2011

Impressões sobre os primeiros dias do 4º período

Comecei mais um semestre, agora iniciando bravamente o 4º período de Administração. Acabou a "vida boa" de poder só trabalhar e passar as noites em casa. Mais uma vez, lá vou eu acordar ás 7h e dormir à meia-noite, todos os dias, de segunda a sexta. Claro, tem gente que enfrenta uma rotina muito mais pesada, mas ainda assim é cansativo pra cacete.

De cara meu santo não bateu com três matérias, e logo na primeira aula já senti um tédio que beirou o insuportável: Administração Financeira, de Materiais e Contabilidade Gerencial. Simpatizei, principalmente devido ao estilo dos professores, com Sociologia Organizacional e Pesquisa em Administração. Mas ainda tenho 17 aulas de cada matéria pela frente, pra mim mudar de opinião ou reforçá-la. Faço votos que se realize a primeira hipótese.

Encontrei poucos colegas do 3º período nas aulas. E menos ainda resistem desde o 1º. Alguns mudam de faculdade, outros trancam, alguns trocam de curso. Uma amiga que começou comigo trocou pra Psicologia (a meu ver uma mudança de 180° e acertada, porque se for pra mudar, que se mude pra valer).

A Univali (ou o DCE) está oferecendo uma estrutura física mais, digamos, confortável, pelas passagens cobertas entre os blocos, impedindo que em dias de chuva os pobres acadêmicos se molhem e as humildes acadêmicas desmanchem a chapinha. Ficou bonitinho e foi bem útil. Se foi obra do DCE dou os parabéns, promessa feita, promessa cumprida.

E por falar em acadêmicos e acadêmicas, nunca vi tanta gente entrando num semestre. A Universidade tá lotada, pelo menos lá pelas minhas bandas das Sociais Aplicadas: Administração, Contábeis, Logística, Comércio Exterior... Geralmente o pessoal que tá indeciso sobre o curso que quer fazer, amarra a égua por ali, isso é fato. Vamos ver por quanto tempo dura essa muvuca.

E faço uma reclamação pra Univali: precisamos de mais lanchonetes. Essa cambada de gente saindo tudo ao mesmo tempo pro intervalo, gera uma infinidade de filas pra quem quer comprar alguma coisa. Na hora que você pega seu lanche, lá se foi o tempo do intervalo. Alguns não ligam pra isso, mas fica chato entrar na sala depois que o professor já começou o segundo tempo.

Por enquanto, é isso aí.